o hagakure se refere em um ponto sobre um elemento chamado senso de giri, seria como uma divida de gratidão, algo do tipo, e hoje mais que nunca compreendo oque isso significa, as vezes uma parente, um vizinho morre e não sofremos ou não sentimos tanto a falta dessa pessoa e alguem com quem não temos tanto vinculo vem a perecer e nos perguntamos oque será de nossas vidas daqui para frente? essa é a divida de gratidão que eu tinha com Dj PR!MO, eu o via a anos atras em revistas de skate, de rap, sempre fui fissurado por tudo que sai com alguma alusão ao Rap, se amanhã sair uma foto na contigo de algum dos nossos eu comprarei a contigo e guardarei como se fosse uma foto que tiramos juntos em algum bom momento de nossas vidas, amo isso acima de tudo, comentei com o marechal uma vez sobre isso, ele tem coisas que eu pensei que só eu tinha, tipo recorte de jornal onde saiu a cara do krs one em 1990, enfim, conheço dj primo a mais de 10 anos nos conhecemos através das revistas onde ele saiu de alguma forma, seja discotecando em alguma festa, seja em um show independente do local nós nos conhecemos assim, um de cada lado da revista... a primeira vez que o vi pessoalmente foi como quando vi o kamau, o max b.o, o marechal ou o kl jay (todos meus idolos até hoje) fiquei olhando tipo " caralho dj primo ta ai mano..." igual varios muleques ficam quando me veêm hoje, e eu não tenho vergonha de dizer que ainda sinto isso em varios momentos, por que isso é oque nos faz amar o hip hop a cada dia mais e mais...
Voltando a divida de gratidão, eu amo esses caras por ver que eles são iguais a mim, sonham com algo, correm por alguma coisa,e sou grato a eles por isso agradeço a todos eles por serem oque são, quando meu telefone tocou naquela manhã e me deram esta triste noticia eu simplesmente não acreditei, a primeira coisa que disse a minha mulher foi, "isso não é brincadeira, ele tem show com o kamau no sabado em curitiba..." mas realmente não era brincadeira e uma semana antes tinha sido o ultimo dia em que meus olhos haviam visto o sorriso daquele maluco lá de curitiba, o das trancinha, que fazia squaches (e eu sempre faço essa piadinha ridicula com os djs) eu tava indo pro estudio. cheguei lá deixei os equipamentos e não aguentei, voltei para o hospital das clinicas enquanto falava com meu outro irmão pedro, e era verdade, dj primo havia mesmo ido discotecar muito mais longe... longe demais para ser ouvido, mas sua energia ainda nos faria sentir muitas coisas, como se ele ainda estivesse naquela pista, tocando as melhores, sujeira, rataria, e os vagabundo gritando esse maluco não presta!!! Enfim Alexandre, serei eternamente grato a você por ter vindo um dia comprar um mixer aqui e tempos depois ter nos alegrado tanto com aquele par de toca discos, esteja conosco pois nóiz sempre estaremos com você...
a rua é nóiz